 
Existem
homens que gravam seu nome na história através de seus feitos
e grandes realizações.
E existem homens que cagam e andam para essas viadagens de posteridade.
Homens cuja diversão é estourar miolos, esganar trombadinhas
e chutar a escória da humanidade bem no meio do saco.
Não sei se vocês notaram, mas Charles Bronson era do segundo
tipo. |
O
nascimento do astro
Por mais incrível que pareça, Charles Bronson um
dia foi um bebê rosado, gordinho e sem bigode.
Ele cresceu numa casa feliz e cheia de amor. Era uma criança sorridente,
inteligente e sempre disposta para brincar. Amava mais do que tudo a natureza
e o “Colt”, seu hamster de estimação.
Isso até o dia que uma gangue de grilos carnívoros matou
Colt. Então, após fritar e comer cada um dos grilos entre
goles de cerveja preta, o jovem Charles deu seu último sorriso
e decidiu deixar o bigode crescer. |
Uma
obra eterna
Sim, o memorável Charles Bronson teve uma carreira brilhante no
cinema. Mas se manter fiel às origens foi seu maior feito.
Afinal, ele poderia ter raspado o bigode e feito uma ou duas plásticas
para perder a cara de paraíba vingador. Poderia ter feito
testes para o papel de James Bond ou Batman. Poderia ter vivido cercado
de mulheres finas, bebidas sofisticadas e vilões com boas maneiras
que explicam seus planos de conquista mundial antes de morrer.
Mas não.
Bronson fazia questão de lidar só com atores de segunda,
figurantes sem talento e mulheres de peito caído. Os momentos felizes
de seus filmes só duravam até os quinze minutos iniciais,
quando matavam alguém para justificar a vingança sangrenta
até o final. |
Superando
limites
Charles Bronson mostrou para o mundo que INPS é coisa de boiola.
“Aposentadoria é para os fracos”, ele costumava
dizer ao perguntarem sobre a sua idade.
Mesmo já sofrendo de reumatismo crônico, catarata avançada
e com a cara mais enrugada que saco em piscina gelada, ele continuava
correndo, pulando prédios, freqüentando bares de strip-tease
e exterminando escória da humanidade das ruas.
E isso tudo antes de tomar um copo de leite e ir dormir às
22:00. |
Um
exemplo para as crianças
Para exemplificar o amor de Charles Bronson pela infância,
podemos citar um fato que aconteceu em uma de suas muitas visitas ao Hospital
Infantil de Câncer, em Massachussets.
Ao chegar, ele acomodou gentilmente uma frágil e debilitada criança
nos braços e disse:
-
Você precisa ficar curado, crescer e ser um bom menino. Mas se você
se tornar mau ou começar a andar com a escória das ruas,
saiba que eu estarei lá. Olhe para mim agora e veja que
o câncer de hoje não significa nada perto da minha sede de
vingança. Então estude muito para se tornar um médico
ou advogado. Caso contrário, eu mato você, sua mãe,
seu pai, seus irmãos, seus primos, seus parentes de segundo grau,
seu bichinho de pelúcia e a família do seu bichinho de pelúcia.
Entendeu? Muito bem. E não esqueça de comer verduras. |
Uma
perda irreparável
Quem vai manter os altos índices de audiência do
“Domingo Maior”? Quem usava bigode e não dava mole
para mané? Quem pode competir com a polícia carioca em número
de mortes? Quem poderá nos defender?
Todas essas perguntas são respondidas com apenas
duas palavras: Charles Bronson.
Quer dizer,
tirando a última pergunta, onde também podemos dizer “Chapolin
Colorado”. |
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