
A
moda é muito esquisita. Alguns comportamentos surgem do nada, terminam
sem avisar e, dez anos depois, voltam para encher o saco da sociedade
como uma calça boca-de-sino zumbi.
Pedofilia e a queimação de rosca,
por exemplo, eram moda na época do Império Romano. E agora,
muito tempo depois, estão de volta na Igreja Católica
Apostólica Romana.
Com
exceção dessas coisas romanas que sempre acabam em ré
no quibe, todas as modas nascem, crescem e morrem. Pois bem, quem poderia
dizer que a onda do momento é ser feio?
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A
história é velha
Ser feio e tirar onda é uma moda mais
velha do que parece. É mais antiga até do que
a Dercy Gonçalves, que também já se aproveitou
de uma onda dessa natureza para mostrar a peitaria no esplendor da flacidez
carnavalesca.

Zé Bonitinho e Didi Mocó já faziam bonito sendo
feios bem antes do Timelei acreditar em sexo à primeira vista.
Na verdade, todos os filmes dos Trapalhões foram feitos
para o cearense amigo do Dedé, Mussum e Zacarias poder dar uns
beijos na Luma de Oliveira e outras gostosas que estavam na moda.
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A
história bate na trave
Não é só no cinema que
os feios se dão bem. No esporte também existem atletas
que rolam suas bolas para dentro de mulheres que os sedentários
só acreditam vendo.
E sentados na poltrona, com uma cervejinha na mão,
entre uma queda do Fluminense para a Segundona e uma virada de mesa,
ficamos vendo o torto do Amaral traçar
uma japinha inacreditável.
Sem
mencionar casos mais sinistros, como Ronaldinho (o fenômeno), Roberto
Carlos (o que não tem perna mecânica) e Ronaldinho Gaúcho
(a britadeira humana com cabelos de Rapunzel). |
A
história assalta a geladeira
Feios no cinema, no esporte e, agora mais do
que nunca, nos Vigilantes do Peso. Foi de lá que saiu
a Preta Gil, tentando mostrar ao mundo inteiro que a maminha, a picanha
e a chuleta só têm graça com aquela capinha de gordura.
É feio de se ver, mas está na
moda. Assim
como o taxista-comedor Caetano. Que não chega a ser feio, mas
é pobre e mora longe.
No fim, dá quase na mesma.
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