De acordo com os dados obtidos, as classes D e E reconquistaram seu poder de compra e por isso a economia registrou um aumento de 6% na venda de produtos supérfluos como sabonete, pasta de dente e papel higiênico.

Podemos constatar a veracidade das boas notícias diretamente nas ruas pela euforia de populares como Jessikleison dos Santos, que trabalha na portaria de um edifício em Copacabana e recebe dois salários mínimos: "Nesta última semana minha família jantou três vezes. Se continuar assim, mês que vem já vou poder arranjar um novo cachorrinho para minha filha caçula. E agora eu juro que não vamos assar ele como fizemos com o Biriba no Natal passado!".

A única queda de venda registrada no período ocorreu no mercado de jornais. Mas, segundo especialistas, este fato é uma conseqüência natural da economia de substituição típica das classes D e E. "Com o aumento da renda, a população fica mais exigente e pensa duas vezes antes de passar qualquer produto de baixa qualidade na bunda." - Explica o economista Nilo Maia.