Imbuídos do sentimento belo e familiar desse dia magnífico, não podemos esquecer de algumas mamães que não são nossas, porém também de grande importância na existência de todos nós: as mães dos filhos das putas. Quem são elas? Onde estão e para onde vão essas criaturas responsáveis por uma emoção tão importante quanto o ódio, irmão gêmeo do amor.

As duas últimas perguntas são fáceis de responder. Elas estão na puta que o pariu e podem ir tomar no rabo. Já a primeira é uma pergunta mais difícil de responder. Elas podem ser as progenitoras de nossos vizinhos, chefes de trabalho ou do advogado da família. Mas também podem ser a mãe do político que amamos odiar, a genitora do dirigente do nosso clube de coração ou apenas a coroa do vilão de nossa novela predileta.

Para essa personagem sem cara, sem coração e com um filho que não merece um tostão furado é que desejamos a maior felicidade do mundo nesse dia tão especial (outra frase bonita retirando de um cartão vendido nas Lojas Americanas por R$2,99). Pois, como diria Severino, mesmo se tratando de um estupro ou da gravidez de uma filha da puta qualquer, o aborto é um pecado. Ele assassina, por exemplo, um filho da puta que nasceu sem cérebro que poderia um dia chegar à Presidência da Câmera dos Deputados.

Parabéns mamães dos filhos das putas. São os seus filhos que nos ensinam que a vida não é um mar de flores, e são vocês que nos treinam numa das mais belas artes: xingar aqueles que odiamos e todos os seus familiares.