Você pediu para ter cabeça grande no vale do eco. Seu centro de equilíbrio é diferente do resto da humanidade. Não existe boné, boina, viseira ou capacete que sirva. Pois é, você precisa admitir que é cabeçudo. Mais saiba que ter uma cabeça monstruosa não é o fim do mundo. Leia a matéria abaixo e descubra como viver com esse peso extra sobre os ombros.


Não seja tímido

Um cabeçudo não pode se dar ao luxo de ser tímido, pois naturalmente a sua caixa craniana avantajada chama a atenção. Também não adianta ficar tentando esconder ou procurando lugares discretos para enfiar a cabeça.

Claro, você pode até tentar usar a armação do abajur como boné, mas ainda assim sua figura desproporcional vai se destacar na multidão.

 
 

Orgulho é a chave

Agora que você já descobriu os malefícios da timidez, é necessário dar o próximo passo. Isso mesmo, você precisa ter orgulho do estandarte que carrega.

Exiba, balance, acene com a cabeça para todos na rua. Seja feliz sendo cabeçudo.

Você pode, inclusive, inventar novas relações entre anatomia e tamanho dos membros. Por que só essa galera de pés e mãos grandes pode ter fama de tripé? Utilize a internet para divulgar os benefícios de ter crescido demais na cabeça menos útil do corpo.

Junto dos seus e-mails, invente dados obtidos em pesquisas científicas provando que os cabeçudos vivem mais, são mais inteligentes, tem menos chance de desenvolver câncer e não precisam utilizar guarda-chuva em dia de temporal.

 
Quando a moda é ser feio

Ser fashion é tudo. Uma maneira de conseguir entrar de cabeça (e com a cabeça) no mundo da moda é procurar o Ocimar Versolato ou a Gisele Bundchen. A idéia básica consiste em utilizar os contatos certos para colocar a questão dos cabeçudos, a exemplo do que acontece com o câncer de mama, no alvo da moda.

Só tenha cuidado para não ficar muito íntimo dessa galera fashion, descontraída e de rosca complacente. É sempre importante lembrar que uma retaguarda desprotegida pode, facilmente e sem vaselina, entrar no alvo da moda.

 
Faturando um trocado

A crise anda tão braba que malandro está vendendo almoço para comprar janta, alugando a janta para bancar uma promoção no MacDonald’s e cortando o dedo mindinho para fazer shows como sósia do Presidente.

Já que todos estão atolados até o pescoço e ninguém quer fazer ondinha, por que não faturar com seu maior e mais pesado atributo? Você pode vender espaço publicitário, cobrar para fazer sombra para os outros, trabalhar como área de plantio de cabelos e, inclusive, aproveitar seu espaço de sobra para levar os chifres alheios para passear.