Falta do que fazer, vontade de aporrinhar ou simplesmente vocação humorística. O fato é que ainda não sabemos porque toda hora insistem em tentar fazer uma olimpíada no Brasil.

Mas já que o sonho da tocha olímpica é rápido, furtivo e sempre chega por trás enquanto tentamos fugir, o jeito é relaxar e tentar ajudar na preparação de nossa próxima derrota em 2012.



A preparação

Já que inventaram mais uma vez de lançar a candidatura olímpica do Rio de Janeiro, não existe problema em mentir novamente sobre as obras que serão feitas para tornar a cidade mais parecida com uma metrópole de verdade.

Vão construir estádios? Sim! Vão construir um metrô até a Barra da Tijuca? Sim! Vão colocar todos os trombadinhas na faculdade? Sim!

Se a jogada é mentir deslavadamente, eu também consigo! Sabe a Fernanda Lima? To comendo...

 
Mantendo as expectativas

A super equipe técnica de avaliação do Comitê Olímpico, apesar de ser super e técnica, não passa de um bando de gringos.

Sim, aquela mesma galera branca de sempre que come camarão na praia e agarra traveco em Copacabana pensando ser artigo legítimo tipo exportação.

Para agradar esse pessoal devemos manter as expectativas sobre o Brasil. Não podemos ser modernos ou globalizados, mas sim andar de tanga no meio da rua e criar macacos selvagens como bichos de estimação.

 
Comportamento exemplar

O Rio de Janeiro precisa se transformar numa ilha de tranqüilidade, uma verdadeira Suécia nos trópicos (só que, infelizmente, sem as loiras peitudas nórdicas brotando em árvores).

Claro que se depender disso, só poderemos sediar campeonato mundial de pega-palito. Afinal, o máximo de civilidade que o povo carioca consegue entender é a cartilha de bom comportamento da Disneylândia.

Então sejam bonzinhos, não joguem lixo na rua, não urinem no barco dos Piratas do Caribe e, acima de tudo, evitem chutar o Pateta.

 

A simpatia carioca

Cariocas são naturalmente sociáveis com estrangeiros. Fato provado pela recente pesquisa que deu ao povo da cidade maravilhosa o título de “mais simpático do mundo”.

Os gringos só não sabem que os motivos de tanta gentileza são os dólares e filha gostosa querendo conhecer a malemolência do subdesenvolvimento.

 
Vamos ser práticos

Precisamos encarar as coisas de forma profissional. Você, trombadinha amigo, por que roubar se é possível vender um boné de pano por dez dólares?

E você, mulher da vida, por que tentar enrolar o gringo se é possível triplicar o preço de varejo do bacalhau e ainda receber em dólar?

Então sejamos práticos fazendo nosso trabalho na mais completa legalidade. Vamos seguir o velho ditado chinês: “Malandro é malandro e mané é mané”.