01.12.04
O garoto que gosta de brincar de pique-esconde com o urologistaque dize entao que no seu dossiê vc escreveu que gosta da moda casual.... boiola hein, modinha... que modelo vc gosta? ahh, sei lá. um modelo descomprometido, tipo streetwear. bem básico... TDB. ko´le!!! Abraço
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Foi mal, escrevi uma mensagem para outra pessoa aqui. Na verdade queria sugerir a vocês um espaço no site que fosse dedicado a brincadeiras que quando crianças fazíamos e depois de velho continuamos a fazer (claro que troca-troca está fora de cogitação, porque não fiz e não farei) tipo verdade ou conseqüência, jogo dos dados, quarto escuro... - Ricardo
Prezado garoto nostálgico e esquisitão,
Eu dificilmente acredito em enganos, como também evito utilizar a palavra "coincidência". Concordo com Freud, o pai da Psicanálise, sobre a questão da primazia sexual e os sentidos escondidos por trás dos atos falhos.
Considero então sua primeira mensagem um ato falho, assim como a repetição da temática um tanto boiola no segundo e-mail. Mas deixemos essa questão de lado por enquanto, recalcada junto dos seus desejos por homens vestidos de minúsculas sungas com estampas de leopardo.
Exóticas são as suas sugestões. Estou acostumado a receber pedidos de jovens saudosos dos anos oitenta, aquela época em que "mudar o mundo" significava desafinar músicas da Legião Urbana em rodinhas de violão enquanto cigarros diferentes rodavam de mão em mão, mas nada que se compare ao seu pedido por uma seção exclusiva sobre brincadeiras infantis. Admito que fui surpreendido de certa forma, sensação que não me ocorria desde a queda da Bastilha, a secretária velha e gorda que tropeçou sobre o meu computador enquanto eu teclava na sala de bate-papo do UOL.
Sinto uma grande confusão em suas palavras. Afinal, qual é sua verdadeira intenção? Por acaso esqueceu as regras das brincadeiras? Ou pretende traduzir para inglês o tutorial e ensinar novas atividades divertidas ao Michael Jackson?
Uma névoa é tudo o que vejo quando medito sobre sua mensagem. Sinto que você se encontra no escuro, tateando perdido em busca de algo fálico em que possa se agarrar e descansar seu espírito inquieto. Talvez abrir o armário ajude.
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